Oi pessoal, como eu havia dito, esse é o último post da nossa série. Estamos encerrando com um texto escrito pelo meu pai. Texto esse que mostra a visão dele dos fatos. Aproveitem.

NAMORO, NOIVADO E CASAMENTO.

Como pai sempre tive muita preocupação com o dia em que cada um dos meus filhos fossem iniciar o relacionamento amoroso deles. Acredito que essa também seja a preocupação de todos os pais, mas como servo de Deus tive muita ajuda da Palavra do Senhor e da Igreja para direcionar meus filhos ao caminho mais adequado.

Eu tive dois momentos em minha experiência em função da diferença de idade entre meus filhos mais velhos e minha caçula (11 e 12 anos de diferença de idade entre eles, respectivamente). Essa diferença fez com que a Sara, minha filha mais nova, tivesse menos “traumas”, pois já havíamos obtido mais experiências e sabedoria no conduzir dessa situação. Porém, mesmo assim, tivemos percalços a transpor.

Aprendi muito cedo na vida da Igreja (no Igrejar) que Deus abomina o divórcio. “Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. (Mc. 10:9, Ml 2:16) A Palavra de Deus não nos dá respaldo para o namoro como o mundo pratica, então sempre que pude fiz com que meus filhos entendessem o que a Palavra de Deus fala sobre o assunto e aquilo que convinha fazer. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te” (Dt 6:6-7). É claro que não lidamos com máquinas e nada é perfeito no relacionamento familiar, mas confesso que isso me ajudou muito e me deu mais tranquilidade para lidar com o assunto.

Na prática, quando meu filho mais velho se casou, depois de ter tido algumas experiências românticas frustradas antes do enlace matrimonial, assim que despertou o sentimento dentro dele, procurou sua mãe, minha esposa, e esta pediu ajuda às irmãs de oração que prontamente começaram a orar. Depois, conversaram com a mãe daquela que seria a futura esposa desse meu filho. O sentimento da filha era recíproco, e após terem tido com os pais, os dois começaram a comunhão, o que para mim mostrou maturidade e respeito à autoridade por parte dos dois (Lv.19:3). Hoje são um casal que está ativo no serviço da Igreja e Deus confirmou dando a eles um lar saudável e abençoado com dois filhos maravilhosos (os gêmeos Marcos Bernardo e Paulo Nícolas).

Meu filho do meio teve outra história, a paixão dos dois foi a razão da luta para que se unissem em matrimônio. Quando algo é de Deus, as barreiras são apenas obstáculos que nos servem como alavancas para nos dar impulso a fim de alcançarmos algo maior e melhor, e foi o que eles alcançaram. Hoje também são um casal que serve ao Senhor no serviço da Igreja em um lar de paz e com uma filhinha abençoada e linda, a Isabela.

No caso da minha caçula foi ainda mais interessante e abençoada nossa experiência, pois já tínhamos aprendido com os dois filhos mais velhos uma melhor maneira de lidar com as situações; e em função do muito apego que temos (eu e Sara) ela me honrou muito e não tomou nenhuma atitude antes de vir falar conosco (comigo e sua mãe). Isso me fez ter paz, porque ela estava começando a comunhão (palavra que usamos para o namoro em nossa comunidade que definitivamente não é como o do mundo) de forma correta . Para nos tranquilizar mais ainda, o seu “noivo” tinha todas as qualidades que nós, como pais, procurávamos em um futuro marido para ela. Um homem comprometido com o Senhor, funcionando no serviço da Igreja, humilde e amoroso. Mas não quero deixá-lo vaidoso! Toda honra e toda glória ao Senhor Jesus. O que quero dizer é que tem as qualidades essenciais para que sejam felizes e sirvam ao Senhor.

Para melhorar a situação, ele veio aqui em casa, saiu da cidade de Itaguara-MG e veio a Cachoeiro de Itapemirim-ES, para pedir autorização para ter comunhão com a minha filha Sara. Isso me mostrou a seriedade e submissão deles ao princípio ensinado pelos pais dele e por nós à Sara. “Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo. Honra teu pai e tua mãe” (Ef.6:1-2).

Enfim, hoje eu e a minha esposa com três filhos, bem casados, servindo ao Senhor, abençoados, felizes, e sendo edificados e edificando a Igreja, não nos arrependemos pelos duros dias de criação dos filhos, pois exige muito esforço, paciência e, acima de tudo, amor; pelo contrário, nos consideramos privilegiados por ver o fruto de nosso trabalho que não é vão no Senhor. “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (1 Co 15:58).

Que o Senhor ilumine os leitores desse blog a não desistirem de seus filhos, muito pelo contrário, trabalhem duro, estejam alertas, não separe a vara de seu filho. “A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe” (Pv 29:15,17), não esmoreça, não façam “vista grossa”, não finja que não está vendo, mas ensine, cuidem, aconselhe, ajude, pois se você não corrigir, o mundo vai e o mundo não o fará com amor, mas você sim. “Eu repreendo e disciplino a quantos amo. Sê, pois, zeloso e arrepende-te” (Ap 3:19). Lembre-se que o Senhor corrige aquele a quem ama e assim devemos ser um com os nossos filhos e irmãos. Deus os abençoe.

JESUS É O NOSSO SENHOR! OH! SENHOR JESUS!

Itaguara-MG, 18/06/2015 – Paulo Roberto Meneses

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