Recentemente, tenho sido tocada pelas aparições de Jesus após a ressurreição e a realidade que os que andavam com Ele tinham desse fato. Cada passagem é cheia de detalhes e cada evangelho trata-os de um ponto de vista diferente. Por isso, escolhi aquelas que mais chamam a minha atenção para falar sobre a realidade da ressurreição de Jesus nas nossas vidas.

Jesus avisou várias vezes que iria morrer e ressuscitar exatamente três dias depois (Mateus 16: 21). Mas, aqueles que andaram com Ele, apesar de ouvirem essas palavras, não entenderam (João 20:9), não creram e por isso, não tinham nenhuma realidade da ressurreição.

Os discípulos ao terceiro dia sofriam pelo Amigo, Companheiro e Mestre que fora cruelmente morto. Pedro provavelmente se ressentia porque negara o nome de Jesus e agora não tinha mais como ir até Ele e pedir-Lhe perdão. E as mulheres preparavam-se para em um último gesto de amor: embalsamar Aquele que mudou suas histórias.

Elas foram logo de madrugada ao sepulcro (João 20:1), ainda estava escuro. Mas, quando chegaram lá a pedra havia sido retirada e um anjo disse-lhes: “Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lucas 24:5). Elas sentiram medo – por terem visto algo sobrenatural – e alegria porque o mestre não havia sido retido pela tumba (Mateus 28:8).

Nas mesmas circunstâncias (João 20:1), Maria Madalena chorava à entrada do túmulo porque pensava que alguém havia levado o corpo (v. 13). Quando Jesus apareceu, ela pensou ser o jardineiro e preocupava-se em encontrar os restos mortais de Dele. Chorava tanto que só reconheceu Raboni, o Mestre, quando Ele a chamou pelo nome (vs. 15 e 16).

Depois disso, Jesus apareceu para os discípulos a caminho de Emaús que também não o reconheceram. Ele questionou-os sobre o motivo da aparente tristeza. Assim, eles relataram, para Aquele que pensavam ser um viajante, como estavam decepcionados, pois pensavam que Jesus haveria de redimir Israel, mas, apesar de ter sido boa Sua obra na terra, nada mais havia acontecido depois de Sua morte (Lucas 24: 19-21).

Ao final, depois de todo o caminho no qual conversaram sobre as escrituras, Jesus entrou na aldeia para ficar com eles. Quando abençoou e partiu o pão, os olhos deles abriram-se e Jesus desapareceu. Por fim, eles concordam que deviam ter desconfiado de quem Ele era, pois lhes ardia o coração, quando pelo caminho, expunha-lhes as Escrituras (Lucas 24: 32).

Esses fatos da ressurreição de Jesus mostram como muitas vezes, apesar de Deus falar, não conseguimos crer e nem entender. Antes de morrer, Jesus falou várias vezes sobre como seria a ressurreição. Todavia, ao terceiro dia, aqueles que andavam com Ele estavam dando prosseguimento ao luto. A maioria deles não conseguiu crer sem ver.

Tomé não foi o único que não creu (João 20: 24-25), mas aqueles que ouviram os fatos também ficaram desacreditados (Marcos 16: 11, 13) e ainda, alguns quando viram Jesus continuaram sem entender e pensaram que era um espírito que estava com eles (Lucas 24: 37-38). Jesus precisou comer para provar que realmente não estava mais morto, mas havia ressuscitado.

Em nossa experiência, a ressurreição de Jesus precisa ser real. Os discípulos viram e por isso creram, mas nós somos mais bem-aventurados porque não vimos e cremos (João 20: 29). A ressurreição se torna real para nós através do Espírito e da palavra. Assim, não pode ser apenas uma história interessante ou bonita, mas uma realidade que muda nossas vidas. Em sua experiência a ressurreição de Jesus é real?

A morte de Jesus era uma realidade para as pessoas que O viram morrer e ser sepultado, como as mulheres e os discípulos (Mateus 27:56). No entanto, se a morte fosse o fim, significaria que a esperança era limitada nessa terra. E a vida humana se resumiria a nascer, tentar fazer coisas boas – mas nunca conseguir ser justo como o Mestre fora – e morrer (Romanos 3:10).

Mas graças ao poder de Deus, ao terceiro dia Jesus venceu a morte e ressuscitou. O Mestre agora, tornou-se Salvador. Há esperança muito além dessa vida, pois a vida eterna passa a ser dada ao que crê. É possível tornar-se igual a Jesus porque a natureza Dele passou a habitar no espírito humano. E ainda, nos corações pode haver paz porque o castigo que estava sobre os homens foi lançado sobre o Amado Jesus (Isaías 53:5).

Da mesma maneira, esses fatos precisam ser reais na nossa vida (sugiro a leitura desse outro texto incrível sobre o assunto).

Ao pecar, precisamos nos lembrar que Ele não apenas morreu, mas ressuscitou. E, por isso, não precisamos carregar o peso do pecado, a culpa e podemos achegar-nos diante Dele através do sangue que limpa qualquer delito (1 João 1:7).

Não importa a situação em que eu esteja, o conflito ou a morte que possa estar invadindo meu ser, pois Ele morreu, ressuscitou e este poder que O ressuscitou agora habita em mim. Por causa da realidade da ressurreição, a nossa esperança está em Cristo e não se limita a esta vida, pois temos a vida eterna! E nada é maior do que a vida eterna e o poder que ressuscitou a Jesus dentre os mortos. Creia e viva a realidade da ressurreição de Jesus Cristo!