Deus é contra os homossexuais? – esse é o título do livro de Sam Allberry,  da Editora Monergismo e é sobre ele que quero falar neste texto.

O que escrevi não se propõe a ser completo, mas possui pontos profundos e impactantes que podem mudar sua maneira de ver a homossexualidade e a atração por pessoas do mesmo sexo.

Antes de tudo, gostaria de dizer que esse livro é leitura obrigatória:

  • para todo cristão, porque seu conteúdo é esclarecedor!
  • para os que se sentem atraídos por pessoas do mesmo sexo, acreditam estar em pecado e que, sendo assim, estão considerando se entregar logo à prática, pensando que isso será mais “libertador”.

Inclusive, sobre o segundo ponto, menciono-o porque já ouvi esse pensamento, que é totalmente equivocado e vem da falta de clareza a respeito do tema que é extremamente complexo, mas que a leitura desse texto ajudará a ver mais claramente.

Se você é jovem, líder ou pastor de jovens, ou líder na sua igreja, não pode fechar os olhos para essa questão. É necessário quebrar esse tabu porque o mundo já o quebrou!

A televisão e o cinema tratam o assunto de forma aberta. A política já prevê diversos direitos, inclusive o casamento e a herança. Crianças, jovens e adultos estão vendo casais de pessoas do mesmo sexo entre colegas, amigos e estranhos na rua.

Além disso, escute o que estou dizendo: os desenhos animados já começaram a tratar sobre o assunto. Se as crianças já começam a ser bombardeadas sobre o assunto, imagine os jovens! Desenhos orientais já faziam isso há algum tempo e agora, os desenhos ocidentais também estão começando a fazer o mesmo, veja algumas notícias sobre isso: 

• 9 desenhos animados que falam sobre diversidade, representatividade e gênero;

• desenho da Disney faz apologia a ideologia de gênero com personagem “garoto princesa”; e 

• Disney se abre ao ativismo LGBT e exige beijo gay em desenho infantil pela primeira vez).

Ou seja, se você é jovem ou de alguma forma está em posição de influenciar jovens, deve quebrar o mito dos três macacos sábios que não veem, não falam e não escutam sobre o mal para não sofrer com o mal.

O que proponho é que você comece a ler sobre esse assunto para entendê-lo mais; a falar sobre isso com seus jovens; e a ouvir seus jovens a respeito disso.

Obviamente, não quero mudar completamente sua maneira de agir, então, por hora, acredito que já será bom o suficiente se você utilizar seu livro como maneira de estar preparado para orientar sobre o assunto quando a necessidade surgir e, acredite em mim, ela vai!

Inclusive, gostaria que esse livro tivesse chegado às minhas mãos uns 8 anos atrás, quando primeiramente comecei a ouvir sobre o tema e vi pessoas assumindo a natureza das suas relações homoafetivas para o mundo. Com certeza, eu saberia melhor como reagir, o que fazer e o que dizer para elas.

A esta altura do texto, talvez você se pergunte: “Vitão, por que você está sendo tão enfático?”.

E a resposta é: estou sendo enfático, não só pela necessidade de repensar nossa abordagem sobre o assunto, mas, principalmente, porque o conteúdo do livro é extraordinariamente bom! Sem dúvida alguma, é a melhor obra sobre o assunto que conheço até o momento: é objetivo, profundo, verdadeiro e bíblico!

É objetivo porque o autor não fica dando voltas. É profundo porque faz abordagens que nos preparam para os mais diversos cenários. É verdadeiro porque o autor relata seu próprio drama em ser cristão e ter vivido a situação de sentir atração por pessoas do mesmo sexo (surpreendente, não é?). E é bíblico porque há o cuidado de trazer e explicar o texto sagrado.

Então, o livro é uma orientação humana e espiritual sobre o assunto. É completíssimo!

O que disse acima já é razão suficiente para você encomendar sua cópia do livro. Só que quero ir além. Por isso, vou relatar algumas coisas em que fui ajudado. Espero que isso o inspire mais ainda.

Homossexualidade x Atração por pessoas do mesmo sexo

Logo no início do livro, o autor lança uma distinção espetacular desses termos. Veja o trecho a seguir:

“Usei o termo ‘atração por pessoas do mesmo sexo’, porque o desafio imediato é a descrição de mim mesmo. Na cultura ocidental de hoje, o termo óbvio para alguém com sentimentos homossexuais é ‘homossexual’. Todavia, na minha experiência, ele muitas vezes se refere a muito mais que à orientação sexual de alguém. O termo descreve uma identidade e um estilo de vida.

Quando alguém afirma ser homossexual ou bissexual, isso normalmente significa que, além de se sentir atraído porque alguém do mesmo gênero, sua preferência sexual é um dos pontos mais fundamentais de identificação pessoal. Por essa razão tendo a evitar o termo. Parece estanho descrever-me como ‘alguém que sente atração por pessoas do mesmo sexo’. Essa descrição é uma forma de reconhecer que o tipo de atração sexual que experimento não é fundamental para minha identidade. É parte do que sinto, não é quem sou, no nível mais básico. Eu sou muito mais que minha sexualidade.” (p. 14).

Deus é contra os homossexuais?

Obviamente, não poderia deixar de responder a essa pergunta, não é? Por isso, selecionei o trecho abaixo e vou deixar o próprio autor respondê-la para você:

“Deus é contra os homossexuais? Não.

Mas ele é contra quem todos nós somos, por natureza, como pessoas que vivem à parte dele e por conta própria. Ele é contra essa pessoa – quem quer que ela seja para cada um de nós. Entretanto, por ser maior e melhor do que nós, e capaz de fazer as coisas que lutamos para cumprir, Deus também ama essa pessoa. Ama-a o suficiente para carregar seu fardo, tomar seu lugar, limpá-la, torna-la inteira e uni-la para sempre a si mesmo.” (p. 16).

Conteúdo do livro “Deus é contra os homossexuais?”

Agora, se liga, se você gostou do que leu nos dois subtítulos acima, saiba que esses dois trechos fazem parte da introdução do livro! Ou seja, o melhor está por vir.

Sendo assim, vou descrever um pouco dos capítulos para que você tenha uma ideia geral do livro e seu conteúdo.

Capítulo 1 – A homossexualidade e o plano de Deus

Esse capítulo situa o leitor dentro da visão de Deus para o sexo e o casamento. Isso lança boas referências sobre como Deus planejou a relação sexual íntima. Ou seja, o autor transmite a visão governante que deve prevalecer na vida do cristão, para depois mostrar também biblicamente como a homossexualidade é desaprovada.

Capítulo 2 – A homossexualidade e a Bíblia

Esse capítulo trabalha as principais referências bíblicas que desaprovam a prática homossexual.

Um ponto libertador e que merece destaque é que aqui o autor desmascara a inverdade por trás da expressão “Deus me fez assim”. A partir da referência de Romanos 1:26-27, fica claro que a relação homossexual é contrária à natureza criada por Deus. Ou seja, Deus não faz as pessoas assim!

Outro ponto interessante é a abordagem de 1 Coríntios 6:9-10, que lista quem não herdará o reino de Deus e coloca a homossexualidade ao lado de diversos outros pecados, os quais são igualmente graves para Deus. Assim, fica claro que a prática homossexual não é categoria de pecado mais grave que as demais.

A sessão conclui mostrando que o pecado homossexual não é inescapável, tal qual descrito no versículo 11: “Tais fostes alguns de vós; mas vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.”

Ao final deste capítulo ainda são respondidas duas boas perguntas:

  • Será correta a parceria entre pessoas do mesmo sexo que se amam, tem comprometimento e fidelidade e não fazem mal a ninguém?
  • Jesus nunca mencionou a homossexualidade; assim, como pode estar errada?

Quer as respostas? Vai ter de aguardar um texto novo aqui ou ler as páginas 39-44 do livro.

Capítulo 3 – A homossexualidade e o cristão

Nesse capítulo, o autor ensina como os cristãos podem lidar com a atração por pessoas do mesmo sexo.

A premissa é que “todos nós experimentamos desejos sexuais caídos – heterossexuais ou homossexuais. Não é impossível que o cristão sinta atração por pessoas do mesmo sexo, assim como não é impossível que o cristão fique doente. O que nos marca como cristãos não é que nunca passemos por essas coisas e sim como respondemos a elas” (p. 45).

Sem dúvida, esse capítulo vai fornecer um arsenal para ajudar você a estar bem preparado para aconselhar sobre o assunto. Nele você aprenderá sobre:

  • como pensar sobre o assunto da maneira correta, sabendo que sentir atração por pessoas do mesmo sexo não desqualifica nem define o cristão;
  • como Deus pode mudar os desejos sexuais;
  • as principais batalhas do cristão que luta contra sentimentos homossexuais (essa  seção o ajudará a se compadecer de quem o procurar pedindo ajuda).

Mais uma vez o capítulo encerra respondendo a duas perguntas reais sobre o assunto. Uma delas é: “é pecado sentir atração por pessoas do mesmo sexo?”. Aqui vale a pena transcrever um parágrafo: “afirmar que a experiência da atração por pessoas do mesmo sexo é, em si, pecaminosa, parece sugerir que a capacidade de ser tentado por si mesma é um pecado. No entanto, isso contradiz a escritura. […] Ouvir que a existência dessa tentação é um pecado em si mesmo (independentemente do quanto tenham sofrido ao manter a fidelidade a Deus por conta dela) pode facilmente esmagar um crente já muito ferido” (p. 66). Ou seja, não é pecado! É tentação e, como tal, necessita de libertação pela graça divina.  

Que discernimento importante para ajudar os que foram afetados por isso! Veja, conforme é dito, isso pode representar você ganhar a pessoa e a trazê-la para perto de Cristo; ou perdê-la e a afastá-la totalmente.

Capítulo 4 – A homossexualidade e a igreja

Neste capítulo, o autor discorre sobre:

  • como lidar com a situação de um par homossexual começar a frequentar os cultos da sua igreja. Essa parte mudou a maneira como eu pensava. Em resumo, o autor pensa o seguinte: assim que uma pessoa nova chega a sua igreja a primeira necessidade dela é Cristo, o evangelho como poder de Deus para salvá-la. Com o tempo e a abertura, assuntos como a vida sexual podem ser abordados. Numa primeira conversa jamais se deve apontar o dedo para a pessoa e reprovar esse aspecto de sua vida, afinal, isso não é o mais importante. Deve-se, sim, acolhê-la.
  • como a igreja pode fornecer apoio às pessoas nessa situação.

O capítulo encerra respondendo a outras duas dúvidas reais. A primeira é: “Não deveríamos simplesmente tolerar o assunto?”. A segunda é: “A visão sexual cristã não é perigosa ao passo que permite adolescentes crescerem reprimidos?”.

Capítulo 5 – A homossexualidade e o mundo

Esse capítulo vai ajudar você a saber:

  • como responder quando amigos não cristãos se revelam homossexuais;
  • como partilhar Cristo com o amigo homossexual;
  • como ser testemunha efetiva dessa questão para o mundo; e
  • se os cristãos devem frequentar casamentos homossexuais.

Conclusão

O capítulo final do livro conclui respondendo à pergunta: “que fazer se um cristão se revelar homossexual para mim?”. A resposta é magnífica, mas fica para outro texto ou para você ler nas páginas 93-96 do livro.

Sugestão final

Como palavras finais deste texto, quero novamente encorajar você a ler o livro.

Deus é contra os homossexuaisAlém disso, se mesmo ao final da leitura você não se sentir seguro para abordar o conteúdo com os jovens que estão sob sua liderança ou seus amigos, use o próprio livro para leitura conjunta.

E, se algum cristão revelar a você que sente atração por pessoas do mesmo sexo, caso não saiba como reagir, simplesmente diga a ele: eu vou dar um livro de presente para você. Dê esse livro a ele! E, se possível, leiam juntos. Também se prontifique a ouvi-lo e a orar com ele. Demonstre que você o ama, não o condena e quer ajudá-lo a aprender como enfrentar e vencer essa tentação. Traga a pessoa para perto de Cristo.

Como disse no início, as palavras desse livro são esclarecedoras para os cristãos e libertadoras para os que sentem atração por pessoas do mesmo sexo.

Portanto, não perca tempo! Capacite-se hoje, ganhe mais visão sobre o assunto e adquira posicionamento sólido e bíblico através da leitura aprazível, interessante e atual do livro “Deus é contra os homossexuais?”, de Sam Allberry, publicado pela Editora Monergismo.

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