Dizem que nós jovens vivemos sempre com a cabeça no futuro. Isso não é de tudo um equívoco, nós realmente nos preocupamos com muitas coisas da nossa vida que estão para acontecer. Seja algo que tenhamos controle ou não. Quando nos pegamos pensando no futuro, traçando algumas metas, começamos quase sempre assim: “algum dia […]”. Quando foi a última vez que você pensou: “Algum dia eu vou […]”; e preencheu o espaço entre os colchetes com uma meta para o seu futuro?
Talvez alguma destas metas estejam relacionadas àquelas que você tenta criar para si:
- Algum dia eu vou trabalhar naquilo que eu gosto;
- Algum dia eu vou cuidar da minha saúde e ficar em boa forma física (essa eu faço com constância);
- Algum dia eu vou voltar pra faculdade e me formar;
- Algum dia eu vou quitar as dívidas da família;
- Algum dia eu vou encontrar aquela pessoa especial para casar;
- Algum dia eu vou participar de uma boa igreja onde eu realmente me encaixe;
- Algum dia eu vou comprar uma casa nova onde possa morar confortavelmente.
Em minha reflexão pessoal, descobri que na maioria das vezes que pensamos nesse “algum dia”, pensamos com pessimismo ao invés de esperança. Esse pensamento é, normalmente, uma resignação pela morte de algum sonho mais do que é uma expectativa confiante para o futuro.
“Algum dia” é uma forma de dizer o que nós desejamos que aconteça, mas que, lá no fundo, não cremos que irá realmente acontecer. É como se fossem aqueles remédios ou exercícios terapêutico ditos “milagrosos”. Os nossos sonhos para “algum dia” são apenas um truque da nossa mente para driblar mais um decepcionante dia de nossas vidas de corações insatisfeitos.
A razão pela qual essas nossas declarações soam mais fatalistas do que esperançosas é porquê, em nossos momentos sãos, sabemos que não temos o poder e o controle sobre o nosso mundo, controle que precisaríamos para mantê-lo em ordem, a fim de garantir a realização de nossos sonhos. Nós também sabemos que estamos colhendo os frutos das más escolhas, já semeadas, que fizemos e que nos trouxeram até onde estamos.
Mas, há uma declaração do tipo “algum dia” na Bíblia que está cheia de otimismo e promessa. Davi escreveu no Salmo 27:13 e é repetido novamente no Salmo 116:9
“Creio que verei a bondade do Senhor na terra dos viventes!” (ARIB)
Por que esta declaração do tipo “algum dia[…]” é cheia de confiança? Porque o cristão que a escreveu está escrevendo uma declaração de identidade.
O autor desta declaração do tipo “algum dia[…]” é um filho do Deus de Israel. Ele é um dos escolhidos de Deus, o objeto do amor divino e o destinatário da promessa eternal. O Deus que é seu Pai é aquele de imensurável poder, sabedoria insondável, soberania inconcebível, verdade imaculada e de graça abundante.
Seu Deus não é apenas a última definição do que é bom; Ele também tem o poder e o controle para gerar todas as coisas boas que Ele prometeu para Seus filhos. Ele está no controle absoluto de cada lugar, circunstância, força natural, instituição e relacionamento.
Sabe o que é mais surpreendente? O Deus do salmista é o seu Deus também! Como cristão você pode crer, assim como Davi fez, que você “verá a bondade do Senhor na terra dos viventes”.
Nem sempre você irá entender o que Ele está fazendo, será tentado a pensar que Ele pode ter se esquecido de você, ou que perdeu o timming para dar a resposta que você queria. Mas, quanto mais você confiar sua vida a Ele, dia após dia você irá experimentar a Sua fiel graça.
O que Deus diz se concretizará. O que Deus prometeu se realizará. Sua Palavra é de confiança, porque, em sua graça Ele quer nos abençoar, e, em Seu poder, Ele tem a capacidade de fazer tudo aquilo quanto prometera.
Ter esperança nas Palavras do Senhor é um investimento no presente para algo garantido no futuro. Quando você vive avistando as promessas Dele, você viverá também com confiança, coragem e uma esperança inabalável.
Este texto é inspirado em um artigo do pastor norte-americano Paul Tripp.