“Queimem os navios!” Essa frase ficou mundialmente conhecida por causa do conquistador Hernán Cortez, ao desembarcar em terras mexicanas. Em muitos lugares ela é usada de maneira motivacional. Mas o que são esses navios? Por que queimá-los?
Hernán Cortez, o conquistador espanhol que tomou as terras mexicanas do povo asteca, foi, no século XVI, um dos mais implacáveis desbravadores da América Central. Obstinado e ambicioso, Cortez não mediu esforços para alcançar seus objetivos.
Ao chegar em terras mexicanas, ele mandou seus companheiros de viagem queimarem os três navios fundeados na baía, para que não mais houvesse meios para o regresso.
Você estaria disposto a queimar os navios que te trouxeram até estas terras, de tal forma que não pudesse retroceder em sua expedição?
Em primeiro lugar, o que são seus navios? Sempre que estamos diante de novos projetos, sejam familiares, sociais ou profissionais, assumimos que precisamos abrir mão de algo para que consigamos alcançar o novo objetivo traçado não é verdade?
Os navios são os meios que nos levam à conquista, porém também podem trazer-nos de volta à nossa condição anterior. Queimá-los nada mais é do que eliminar a possibilidade de retroceder.
Significa abrir mão de experiências passadas, sejam boas ou ruins para adquirir as novas experiências que o Senhor quer nos dar, ou seja, trancar as portas pelas quais você já passou e tomar a decisão de jogar a chave fora.
É claro que não devemos nos esquecer das coisas que Deus nos ensinou anteriormente e precisamos também ser gratos a Ele por seu cuidado conosco, demonstrado em tantas ocasiões. Entretanto, não podemos permanecer presos ao passado, de tal modo que nosso apego a ele seja tão forte a ponto de impedir nosso progresso para novas experiências. Nossa fé não deve estar nas experiências do passado, mas no Deus que as concedeu e que faz todas as coisas novas.
Voltar é sempre uma tentação muito forte, mesmo quando percebemos Deus nos direcionando a prosseguir. Desistir diante das dificuldades é sempre instigante, principalmente quando nos falta a confiança de que Deus cuida de nós a todo tempo. Mas, lembre-se da recomendação de Paulo: Fp. 3:13-14 “…esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo…”.
Se, como o apóstolo, temos clareza a respeito do alvo para o qual avançamos, não podemos permitir que o passado nos impeça de caminhar em direção a ele. É preciso buscar tal clareza e ter a disposição para abrir mão daquilo que for necessário a fim de que o alvo seja alcançado.
Mesmo quando tudo vai bem, precisamos reconhecer que o Senhor é quem conduz nossos passos. Não é a força do nosso braço que nos sustenta. A cada dia precisamos dizer ao Senhor: “Senhor, tudo que é meu te dou, por amor a Ti.”
“Mas o que, para mim, era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras considero tudo como perda, por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; por amor do qual perdi todas as coisas e as considero como refugo, para ganhar a Cristo.” Fp 3:7,8
Jovens, quando Cristo pede para “queimarmos nossos navios” é porque Ele quer nos mostrar algo ainda melhor. Muitas vezes nos fundamentamos em coisas ou em situações nas quais não há como Cristo “cavar” mais. Ele não pode nos oferecer algo novo ali, por mais que sejam coisas boas.
Cristo é novo e tudo que Ele nos oferece é novo. Por isso, nesse novo ano que se inicia, decida-se por “queimar os navios”.
Decida-se em viver em novidade de vida. Cristo tem maravilhosas bênçãos para você em 2018. “Crês tu isto?” (Jo 11:26b)
“…assim também andemos nós em novidade de vida.” Rm 6:4b