Vivemos nos dias em que o mundo globalizado é regido pela urgência. É comum e corriqueiro as pessoas falarem que suas vidas estão um caos e em uma grande correria. A urgência é vista como um dos males da era do conhecimento.
Nesse contexto, por ser um jovem universitário, estava me vendo cada vez mais sufocado pelas urgências do dia a dia. Apesar de toda dedicação, o tempo não era suficiente para cumprir as tarefas e suprir toda a demanda. Surgiu então a necessidade de buscar ferramentas e conhecimento sobre como organizar e planejar o tempo.
Foi quando li o livro A Tríade do Tempo, de Christian Barbosa; tal obra mostra que na nova era da administração do tempo, a divisão das atividades pode ser executada seguindo a três critérios: importante, urgente e circunstancial. Veja o que o livro explica:
“As atividades importantes referem-se a todas aquelas que você faz e que são significativas em sua vida, às quais devemos dedicar a maior parte de nosso tempo. As urgentes compreendem todas as atividades para as quais o tempo é curto ou se esgotou. É toda tarefa que deve ser feita imediatamente, que gera algum tipo de problema se não for executada. As circunstanciais cobrem as tarefas desnecessárias. São aqueles tempos gastos de forma inútil” (BARBOSA, 2011, p. 48,51,53).
Depois de buscar esse conhecimento e colocá-lo em prática, notei uma melhoria na minha gestão de tempo. Os resultados começaram a aparecer e isso foi muito bom. Porém me deparei com um problema que me levou à reflexão. Como foi dito anteriormente, a maior parte de nosso tempo deve ser investida nas coisas tidas como “importantes”.
Mas o que estava sendo mais importante para mim? Meus estudos? Minha carreira? Meus amigos? Meus bens materiais?
Em Gênesis 1:26, vemos que Deus nos criou conforme à Sua imagem e semelhança. E não apenas isso, fomos criados com o propósito de conter Deus (Jr 18:1-17; Rm 9:21 e 23-24; 2 Co 4:7). Deus não fez o homem para apenas existir nesta terra, Deus fez o homem para O conter. Diante disso, se meus estudos, trabalho, afazeres fossem as coisas mais importantes para mim, eu não estaria cumprindo o propósito de ter sido criado.
Ao analisar a forma como eu empregava meu tempo, percebi que não devemos deixar de estudar, de trabalhar e de honrar com nossos compromissos seculares, mas devemos ter clareza de que a coisa mais importante para nós é o nosso Deus!
Devemos estar atentos sobre como gastamos o nosso tempo e investi-lo com sabedoria, porque o mundo quer de todas as formas usurpá-lo (Ef 5:16). Além disso, no Salmo 90, vemos que nossos anos passam como breve pensamento e que, por isso, nós nos tornamos sábios ao aprendermos a contar os nossos dias e, consequentemente, a sabermos administrar nosso tempo.
Jovem, Deus fez tudo formoso no seu devido tempo (Ec 3:11). Estudos, trabalho e compromissos seculares devem ser considerados com atenção, no entanto, temos de nos lembrar que em Mateus 6:33, lemos: “Buscai, assim, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas”. Portanto, temos de buscar primeiramente o Senhor, afinal Ele é o mais importante e, depois disso, o tempo para as demais coisas nos será acrescentado! Vale ressaltar que nosso desfrute com o Senhor pode (e deve!) ser a qualquer momento, em qualquer de nossas tarefas ou atividades diárias, mas é importante e necessário que também tenhamos um tempo exclusivamente dedicado ao Senhor.
Quando temos tempo para Deus, temos tempo para tudo. Logo, o que devemos fazer é investir nosso tempo em buscar o Senhor. De forma prática e simples, podemos fazer isso por meio do invocar o nome do Senhor Jesus, por meio da oração e da leitura da Bíblia. Quanto mais lermos a Bíblia, mais conheceremos o nosso Deus, e Ele nos dará discernimento para cuidarmos, de forma apropriada, dos nossos deveres seculares.
Portanto, devemos aproveitar nosso tempo e ter Deus como nossa prioridade. Se encontrarmos tempo para Deus, encontraremos tempo para as outras coisas e cumpriremos o nosso propósito. Que o Senhor permita que você tenha essa experiência. Jesus é o Senhor!