Quando se trata do sentimento do pai para com o filho ou do filho para com o pai, qual você diria que é mais profundo? Provavelmente, você pensaria um pouco e daria um palpite, mas existe uma maneira prática de responder esta pergunta.
Para isso, veremos este exemplo: imagine que você seja o pai de uma criança e ela acaba de ser sequestrada (espero que isso não aconteça com você). Nessa situação, quem terá maior reação de desespero: o pai ou a criança? Sem dúvida, o pai sentirá mais o sequestro de seu próprio filho.
Aplicando no campo espiritual, me diga, quando você está longe de Deus, quem sente mais falta: você ou Ele? Com certeza, quando nos afastamos, nosso Deus sente mais a nossa falta do que sentimos a Dele.
No momento de aflição talvez você pense que Ele desistiu, não lhe procura ou está irritado com você, mas será que isso é verdade? Não, isso não é verdade! Nessas horas, Deus está desesperado por você! Tudo isso que vem à mente é Satanás mentindo para você. O inimigo gosta de dizer que você não é importante para Deus e que é melhor procurar outras coisas para fazer nas quais seja mais valorizado. Não ouça o que o inimigo diz!
A prova de que Deus está desesperado quando você se afasta pode ser vista logo no início da Bíblia, em Gênesis. Não é à toa que, quando o homem comeu do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gn 3:9), Deus não chegou dizendo: “você errou, te odeio”. Isso jamais virá da boca de nosso Deus! O que Ele falou quando percebeu que a sua criação tinha pecado foi um desesperador e amoroso: “onde estás?”. Antes de ver nosso pecado, antes de ver o que fizemos, Deus está procurando por nós!
Outra passagem da Bíblia que mostra o amor do Senhor para conosco é a parábola do filho pródigo. Quando o jovem voltava para casa, seu pai já o tinha avistado de longe e, correndo em sua direção, o abraçou e o beijou, mostrando que, enquanto o filho estava longe, sempre esteve esperando a volta dele. E quando o filho chegou, o pai deixou-o de castigo, falando que não deveria ter feito o que fez? Não. O pai cuidou de limpá-lo, dar-lhe melhores vestes e festejar com todos. Que pai amoroso e cuidadoso nós temos!
Mas tu, Senhor, és Deus compassivo e misericordioso, paciente, rico em amor e em fidelidade (Sl 86:15)
O amor de Deus não tem limites, sendo impossível calcular a largura, o comprimento, a altura e a profundidade de seu coração (Ef 3:18). Esse afeto para conosco é tão grandioso que fez Deus entregar o Seu único Filho em favor de todos (Jo 3:16). Você acha que para Deus foi fácil fazer isso? É só pegarmos a experiência de Abraão (Gn 22:1-19), quando quase matou seu filho: imagine a angústia que ele sentia. Jesus não tinha nada a ver com os nossos pecados, mas Ele cria na visão de Seu Pai, que se Ele morresse, eu, você e todos seríamos salvos. Isso mostra ainda mais o desespero de Deus por nós!
Amado leitor, não ouça o que Satanás coloca em sua mente quando você está aflito, triste ou, até mesmo, contaminado com o pecado. Antes, achegue-se a Deus, pois Ele está a sua procura, esperando o momento de correr até você para o abraçar e o beijar! Que Jesus seja louvado!