Não importa sua idade, classe social, gênero ou onde você mora, eu tenho certeza de que, assim como eu, você quer ser feliz e ter uma vida cheia de satisfação. Este é o anseio de todas as pessoas, mas está mais desperto na juventude, pois ainda temos muitas dúvidas e anseios a respeito de como será nossa vida no futuro.
Visando ensinar-nos o segredo de uma vida feliz e satisfeita, há na sociedade pós-moderna um conjunto de “especialistas” – denominados youtubers – que ocupam espaço na internet e difundem teorias e “dicas quentes” a respeito de como obter tal vida. Entretanto a realidade é que até mesmo muitos destes “especialistas”, apesar do dinheiro e fama que possuem, são pessoas insatisfeitas.
Há um hino, de um conjunto chamado Vencedores por Cristo, que diz que a satisfação vem apenas por termos a Cristo, mesmo antes de fazermos qualquer coisa para Ele, e por isso cantamos:
Satisfação é ter a Cristo,
Não há maior prazer já visto.
Sou de Jesus, e agora eu sinto
Satisfação sem fim!
Quando cremos com o coração e confessamos com a boca que Jesus é o nosso Senhor, somos salvos e passamos a ter o próprio Cristo habitando em nosso interior. Esta é a verdadeira fonte de satisfação: Cristo, nosso Senhor que viveu aqui na terra, sofreu na cruz em nosso lugar, morreu e ressuscitou por nós, mesmo sem merecermos. Por isso sou constrangida a amá-lo, viver por Ele com gratidão e satisfação pela salvação que recebi e servi-Lo. E assim, sabendo tudo que Ele fez por mim, eu servirei aos outros com o que recebi por herança de Deus.
Quero compartilhar com vocês alguns versículos que me trouxeram luz sobre este assunto. Lucas 4: 18 – 19 diz: “O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e apregoar o ano aceitável do Senhor.”. O ano aceitável do Senhor foi profetizado em Isaías 61:1 e esta profecia foi cumprida com a vinda do Senhor Jesus (Lc 4:21), trazendo à humanidade o ano de júbilo (Lv 25: 1-34).
Deus instituiu o ano do Jubileu para o povo de Israel e esta data se repetia a cada cinquenta anos. Nesta data especial, todo aquele que havia empobrecido e se tornado escravo, receberia novamente suas posses, seria liberto da escravidão e teria a oportunidade de cuidar melhor daquilo que recebera de Deus.
Mas por que será que aqueles que foram bons administradores aceitariam isso? Que recompensa teriam? Os escravos eram libertos porque todo o povo de Israel foi liberto da escravidão no Egito e receberam a terra de Canaã por herança. Foi o próprio Deus que os libertara dando a terra em herança, ou seja, Deus fez por eles e para eles primeiro, por isso eles deveriam retribuir. Nesse contexto, aqueles que até o momento obtinham direitos sobre os escravos fariam a eles um bem sem recompensa, apenas por ser um mandamento do Senhor.
Querido jovem, quando fazemos algo em favor da igreja ou do próximo, não visamos ganhar algo em troca, pois o próprio Senhor Jesus fez muito mais por nós, nossas ações devem ser reação de gratidão por aquilo que Deus já fez. Porque Ele fez, eu também faço! Porque Ele me libertou, eu pregarei o evangelho para libertar outros!
Assim como a prática do jubileu não estava relacionada com o que o povo de Israel ganharia e sim na libertação e herança que haviam recebido de Deus, nós servimos a Deus, à igreja, aos irmãos e ao próximo, não pelo que vamos ganhar, mas pelo que o Senhor Jesus já fez por nós. O ano aceitável do Senhor é um jubileu eterno! A nossa motivação deve ser o que Cristo fez por nós e não o que ele vai fazer.
Quando cumprimos os mandamentos de Deus, enchemo-nos de satisfação e Ele também se satisfaz conosco. O sentimento de gratidão pela vida Dele em nós, pela salvação e libertação que recebemos, gerará em nós o sentimento de gratidão e satisfação.
Jovem, se você se sente insatisfeito, eu convido você a fazer a seguinte oração comigo: “Senhor Jesus, eu sei que o Senhor já fez tudo por mim e que por isso eu deveria ser eternamente satisfeito e grato mas confesso que ainda não me sinto assim e te peço perdão por isso. Senhor, ensina-me a valorizar a libertação que me deste e a me alegrar na Tua salvação. Seja, a partir de hoje, meu motivo de satisfação. Amém!”