“Em Deus está a minha confiança, por meio de Jesus Cristo, seu Filho, e, portanto, não temo a tirania dos homens, nem tampouco, o que o diabo pode intentar contra mim” – John Knox
Nascido em Haddington, East Lothian, entre 1513 e 1515, Knox recebeu sua educação escolar a nível local e depois na Universidade de St. Andrews [Santo André].
Em 1547, uniu-se a alguns reformadores passando a morar no Castelo de Santo André. Foi neste período que iniciou a sua pregação, porém o lugar foi atacado por franceses, culminando com a sua prisão.
Libertado em, 1549 John Knox partiu para a Inglaterra. Ele pastoreou uma congregação em Berwick, mas logo se mudou para Newcastle. Ele se tornou então um capelão real durante os dias do jovem rei Eduardo VI.
Entre 1553 e 1559, Knox viveu de maneira itinerante. Ele passou algum tempo com Calvino em Genebra, chamando-a de “a mais perfeita escola de Cristo… desde os dias dos apóstolos”.
Apesar de ter sido importante para o estabelecimento da Reforma Protestante em toda a Europa, Knox amava seu país de origem. Por isso, em 1555 retornou à Escócia e começou a pregar abertamente a Palavra, declarando guerra pública contra a idolatria católica. Sua famosa oração “dê-me a Escócia, ou eu morrerei” demonstrava seu intenso desejo de conduzir seu país de volta a Deus.
Knox casou-se com Marjory Bowes e, em 1556, retornou a Genebra, onde pastoreou uma congregação de cerca de duzentos refugiados.
Um relato a respeito de Knox pode ser visto em uma carta que ele escreveu para o povo da Escócia, encorajando-os a se comprometerem com o evangelho. Knox lembrou-lhes que responderiam por suas ações diante do tribunal de Deus:
[Alguns desculpam-se:] “Nós éramos apenas pessoas simples, não poderíamos reparar as falhas e crimes de nossos governantes, bispos e clérigos; pedimos reformas e as desejamos, mas os irmãos dos Lordes eram bispos, seus filhos eram sacerdotes e os amigos dos grandes homens tinham a posse da igreja, e assim fomos obrigados a obedecer a tudo o que eles exigiam”. Essas desculpas vãs, eu vos digo, não servirão de nada na presença de Deus.
Apesar de suas viagens e dos seguidos tempos distantes de sua terra natal, várias coisas capacitaram Knox a liderar a reforma ali: seus sofrimentos o ensinaram a respeito do seu compromisso, sua experiência o capacitou para a liderança e a sua convicção sobre o seu chamamento o fez não esmorecer, mesmo embora tivesse sido perseguido e atacado pelos homens.
Enquanto a realeza odiava sua influência, os escoceses viram nele o homem que o país precisava para reformar a Igreja. Se tem informações que nesse período, os nobres escoceses protestantes fizeram um pacto de usar seus bens e vida para estabelecer a Palavra de Deus na Escócia. Em consequência disso, as ameaças contra os reformadores se intensificaram. Porém eles continuaram bradando a Verdade, como profetas. Knox dizia: “Um homem com Deus é sempre maioria”. Além da pregação, ele também tinha uma forte vida de oração. Certa vez a Rainha Mary da Escócia, católica, disse que temia mais as orações de John Knox do que a “todos os exércitos da Europa juntos”.
Já no final de sua vida, Knox já não tinha mais a mesma perseverança e força de anteriormente. Fragilizado, já não tinha tantas forças para exercer seu ministério.
O próprio Knox escreveu com profunda gratidão a Deus pelo trabalho que ele viu ser realizado:
No tocante à doutrina ensinada por nossos ministros e… à administração dos sacramentos realizados em nossas Igrejas, somos ousados em afirmar que hoje não existe um reino na face da terra que os tem em maior pureza; sim (devemos falar a verdade, não importa a quem ofendamos), não há… quem os tenha com pureza semelhante.
A partir de Knox os cristãos na Escócia tiveram acesso a Bíblia, que passou a ser traduzida em inglês, idioma local, de modo que todas as igrejas tinham uma Bíblia. Knox nos ensina, sobretudo, firmeza e coragem – ao defender a Verdade do evangelho. Ele não hesitava em ir a público e pregar contra o que não condizia com as Escrituras. Infelizmente, como nos tempos de John Knox, atualmente muitas ideias distorcidas têm surgido para se opor aos cristãos ou confundi-los. Mas o homem não pode decidir como Deus deve ser adorado e servido,
antes, deve seguir o que a Bíblia diz.
Você tem pago o preço pela Palavra? Pratique-a, sem se deixar intimidar pela oposição. Valorize também a prática da oração, pois ela é mais poderosa do que exércitos! Crendo nisso, ore por nossa nação, para que a vontade de Deus seja feita aqui. Lembre-se que Deus mesmo nos dá toda a coragem de que precisamos.