Chegamos a mais uma parte da entrevista com a irmã Rebeca Ma. Hoje serão abordados o controle da vida financeira no casamento e a questão da submissão, temas essenciais na vida de um casal e da mulher. Que o Senhor abençoe cada leitora e a inspire a ser a mulher sábia que edifica o lar. Saiba que, quando o coração está no Senhor, Ele nos honra e supre todas as coisas. Continuemos a entrevista.
EVE: Em relação à administração financeira, você tem alguma dica importante?
Rebeca: O dinheiro é uma questão importante. Se não tem dinheiro em casa isso é motivo para discussão. Se falta algo é motivo para briga. É importante os dois saberem administrar o dinheiro que Deus deu e nunca usar o dinheiro que Deus ainda não deu. Antes de tudo, damos o dízimo ao Senhor e guardamos uma parte para alguma emergência. Não importa se é o marido que cuida do dinheiro ou a esposa, ou se os dois dividem a responsabilidade, deve sempre haver comunhão sobre o assunto financeiro e Deus é o Cabeça da casa. Da parte da mulher, não importa se está ou não cuidando do dinheiro, não deve abusar nos gastos. Pergunte sempre a Deus, pois Ele dá o melhor para nós. Não estou falando que não precisa comprar nada, porque há coisas que precisamos. Mas também não é para comprar tudo que necessitamos de uma vez. Se não tenho dinheiro, mas preciso de uma bolsa, vou ao Senhor e digo: “Senhor, preciso de uma bolsa, o Senhor sabe que só tenho essa e preciso de uma outra”. Não precisa murmurar, fazer aquele “show” em casa, como se o céu fosse cair. Você pede ao Senhor, se Ele concede: Amém. Louvado seja! Mas também não fique sempre pedindo por mais, porque o coração nunca está satisfeito.
EVE: Hoje na sociedade e na igreja o homem e a mulher trabalham, os dois ganham dinheiro e dividem as despesas. Há também casos em que o dinheiro que é da mulher fica com a mulher, e o do marido é para tudo. Que você acha disso?
Rebeca: Eu não sou contra. O importante é o marido e a mulher saberem administrar o dinheiro que Deus deu e nunca usar o dinheiro que Deus ainda não deu. Por exemplo, se ganha R$2.000,00, então nós vivemos com R$2.000,00. Dou o dízimo ao Senhor e tenho de guardar parte para alguma emergência. Não importa se é o marido que cuida ou a esposa, ou se os dois dividem a responsabilidade: Deus é o Cabeça da casa. Por isso, pergunte sempre a Deus, pois Ele dá o melhor para nós. A ênfase que eu quero dar é em relação aos excessos. Por exemplo: a mulher compra um par de sapatos e logo compra outro par e uma bolsa, depois compra outra bolsa. Não estou falando que não precisa comprar. Tem coisa que precisa e tem coisa que não precisa. Deus também usa essas situações para nos levar a Ele, pois não tem coisa grande ou pequena quando é para nós ganharmos Cristo. Irmãs, é bom que vocês saibam cuidar da sua parte, portanto não abusem. O melhor é administrar conjuntamente as finanças.
EVE: Mudando de assunto, que é respeito para você? Que é respeitar o marido?
Rebeca: Respeito não vem de falar, vem do coração. É muito difícil transformá-lo em palavra, pois é atitude. Quando você ama uma pessoa e a admira, sua atitude e até mesmo o modo de falar mudam. Quando você tem respeito as coisas fluem. Se você sentir que está começando a perder o respeito, ou alguém lhe deu um toque e falou “assim não é bom”, vá diante do Senhor e peça: “Senhor, muda-me”.
EVE: Em igrejas pequenas, ou cultos caseiros, às vezes não têm presbíteros discursando. E se o marido estiver viajando (talvez isso tenha acontecido muito com você) como a mulher deve se portar? Conduz a reunião porque não há outro irmão?
Rebeca: Diante da necessidade, o Senhor dá capacidade. Quando se tem o coração diante do Senhor, Ele fala. Naquele momento há uma necessidade de falar para a Igreja. Há situações em que a igreja começa somente com uma família – foi assim com a minha. É preciso aprender, mas não se aprende sozinho. “Senhor, que faremos hoje?” É muito dinâmico. Talvez você prepare algo, chegue lá e é totalmente diferente. A unção tudo ensina e o Senhor vai falar: “Faça isso, faça aquilo”. Às vezes, nem é uma reunião com começo e fim e sim um diálogo, cânticos. Por fim, o tempo passa e você alcançou o coração das pessoas.
EVE: Nós achamos o Miguel muito calmo. Talvez você nem sempre o ache (risos). Como você fala com ele quando está errado?
Rebeca: Eu acho que ele é maravilhoso (risos). Bem, é difícil porque o homem faz o que acha certo. Tento falar, mas se o clima estiver engrossando, paro e levo o assunto ao Senhor em oração. Nunca fale com espírito de acusação. Fale dizendo como você vê o fato. Ele vai sentir que você quer ajudá-lo. Como já disse, os dois devem orar juntos todos os dias. Quando orarmos juntos, Deus vai operar no tempo oportuno, que nem sempre é o nosso tempo. Para Deus, o que importa é a lição que aprendemos diante Dele. Errou? Caiu? “Tá bom, Senhor, se foi isso que o Senhor quis que passássemos, amém. Mas dá-me graça para não ficar apontando erros”. Não devemos nunca dizer coisas como: “Viu? Eu falei!”. Errar e ganhar Cristo é melhor do que ser todo certinho e não ter Cristo acrescentado à sua vida. É tão certinho que – vamos falar assim – não precisa mais de Cristo. Nunca erra, nunca falha, mas também nunca precisa de Deus. Quando você é derrotado, ganha lições. Nem sempre você está errado, mas Deus quer que você passe por aquela lição para que você cresça.
EVE: Ele parece se muito calmo e você muito fofinha, Vou fazer uma pergunta mais íntima. Você tem TPM?
Rebeca: Creio que sim. Não sei dizer. Quem vai poder falar são as pessoas que estão perto de mim. O que posso dizer é que tive uma depressão muito forte.
Nesse trecho, em todas as perguntas, a irmã Rebeca nos fez refletir que a expressão da vida do Senhor em nós vai muito além de certo ou errado, seja na hora de falar em uma reunião ou numa discussão familiar e ainda na vida financeira. Nós, entrevistadoras, saímos dali encorajadas a buscar o coração do Senhor e Sua vontade, deixar Sua vida crescer em nós, em vez de estarmos certas ou sermos legalistas com os que nos rodeiam. Não é fácil, mas ver pessoas a nossa frente caminhando e prosseguindo é animador. No quinto e último trecho, nossa amada irmã nos contará sobre quando foi diagnosticada com depressão. Um testemunho que certamente servirá de ajuda e encorajamento para muitos. Afinal, cristãos podem ter depressão?