“Muito mais o sangue de Cristo, que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas, para servirmos ao Deus vivo.” (Hebreus 9:14)
O iluminar do nosso interior
Às vezes, fico imaginando como Deus se sente em relação a nós, e acho que Ele sente muita vontade de estar perto de nós, de ser aquele amigo com quem conversamos o tempo todo. Muitas vezes nos preocupamos apenas com a fé e esquecemos que o pecado nos distancia de Deus (Isaías 59:2). A consciência ilumina nosso interior, a fé e a consciência caminham juntas. No entanto, uma vez que temos um problema na consciência, a fé se vai. “Mantendo a fé e a boa consciência, porquanto alguns, tendo rejeitado a boa consciência, vieram a naufragar na fé.” (1 Timóteo 1:19).
Hoje muitos não progridem na vida cristã porque não lidam cabalmente com a consciência, por isso, é importante saber lidar com ela para obter paz. Os apóstolos também se empenhavam em manter uma boa consciência: “Porque a nossa glória é esta: o testemunho da nossa consciência, de que, com santidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria humana, mas, na graça divina, temos vivido no mundo e mais especialmente para convosco” (2 Co 1.12). O que suja a boa consciência é o pecado e isso dá origem às dúvidas, aos medos e às preocupações, assim, por consequência, nos distanciamos dos propósitos originais de Deus para conosco. Se nossa consciência não está pura, nos sentimos distantes de Deus, e uma das consequências é que nossas orações parecem não ser respondidas. A oração sem fé equivale a não orar.
Ter sensibilidade ao falar de Deus
Às vezes me lembro das várias fases do meu relacionamento com Deus, que deveria ser sempre crescente, mas teve momentos de altos e baixos e, ainda pior, momentos estagnados. Nesses momentos falta-nos a sensibilidade para sentir a presença de Deus. Achamos que tudo está normal quando, na verdade, precisamos de uma renovação em nosso espírito e em nosso ser. Assim como um relógio deve ser ajustado de tempos em tempos, nossa consciência precisa frequentemente ajustar-se à Bíblia, que é a palavra de Deus. Um relógio com defeito e sem manutenção, certamente vai parar de funcionar, da mesma forma, uma consciência que mantém o pecado, aos poucos para de funcionar.
A consciência é a parte de nosso ser que nos dá paz ao fazermos aquilo que, de acordo com nossa fé, cremos ser certo e, também, nos inquieta e gera culpa quando fazemos o que cremos ser errado. “Testemunhando comigo, no Espírito Santo, a minha própria consciência” (Rm 9.1). Por isso é importante que conheçamos as palavras de Deus, que leiamos a Bíblia, os livros Espirituais, para não sermos enganados e levados pela correnteza desse mundo (1 João 5:19).
A Bíblia chama de “cauterizada” (1 Timóteo 4:2) e “corrompida” (Tito 1:15) a consciência que perde sua sensibilidade. Tal consciência não é um guia, e essa condição leva muitas pessoas a praticar pecados sem nenhuma preocupação.
A consciência sensível de Paulo foi, sem dúvida, a razão pela qual ele respondeu instantaneamente à verdade quando a conheceu. Antes, ele perseguia o povo de Deus (Atos 8:3), ele não deixou de seguir sua consciência; ele simplesmente a acertou com a nova verdade que tinha aprendido e continuou a viver por ela. Sua declaração em Atos 23:1 “andando diante de Deus com toda a boa consciência até ao dia de hoje” incluía tanto o tempo em que ele perseguia a Cristo, quanto o tempo em que vivia para Cristo. “Também me esforço por ter sempre consciência pura diante de Deus e dos homens” (Atos 24:16). Temos que aprender com o agir de Deus em nós, nos permitir ser aperfeiçoados, nos afastar de tudo aquilo que nos fazer retroceder ou estagnar em nosso lugar de conforto.
A consciência cauterizada é uma característica típica dos tempos finais, onde a falta de tempo, a agitação do dia a dia, as atitudes precoces e a falta de amor à palavra de Deus nos levam a pensar que “tudo é normal” (1 Tm 4.1-2). Sabe aquele papo de que “Não tem nada a ver.” “Não leve as coisas tão a sério.” “Todo mundo faz isso.” “Ninguém viu nada”. “Não consegui agir de outra maneira.” “Foi só uma vez.” ?! É dessa maneira ou com argumentos semelhantes que Satanás tenta corromper a nossa boa consciência.
Muitos de nós têm o hábito de conferir nossos relógios sempre que passamos por um relógio que sabemos estar certo. Temos que ter a mesma atitude com nossa consciência. A palavra de Deus é o único padrão infalível do certo e do errado. Todos nós estamos suscetíveis às influências de família, tradição, crenças, valores culturais e sociais e práticas comuns da nossa geração. Em consequência, precisamos nos voltar constantemente à palavra de Deus, ajustando constantemente nossa fé. Proceder de outro modo é correr o risco de deixar nossa consciência nos conduzir a perdição.
Muitos de nós têm o hábito de conferir nossos relógios sempre que passamos por um relógio que sabemos estar certo.
Purificar a consciência
Talvez você ainda esteja se perguntando: “Por que devo purificar a minha consciência?” Assim como ninguém semeia algo sem primeiro arar e cuidar da terra, nós também, quando não nos arrependemos dos nossos pecados e falhas, temos como resultado a perda de nossa sensibilidade ao falar de Deus. Cauterizamos nossa consciência de maneira que não cumprimos mais a vontade de Deus, nos tornamos cheios e sujos de nossa humanidade caída em pecado. Nos tornamos limitados para cumprir a vontade de Deus, crescer e dar os bons frutos da colheita. Se constantemente não tratamos da consciência, vamos aumentando cada vez mais a sujeira do pecado a ponto de não termos uma boa colheita. Precisamos purificar o solo da nossa consciência para prosperar e obter um coração puro.
Querido leitor, não devemos desanimar em meio aos sofrimentos, dificuldades e erros que surgirão ao lidar com pecados e com nossa consciência, pois Deus é quem nos capacita em meio a nossa incapacidade, então quando entregamos esses assuntos nas Suas mãos podemos ver a presença, a graça, e a glória eterna de Deus para com cada um de nós. Jesus veio à terra a fim de aproximar os homens de Deus por meio de seu sacrifício na cruz. Nossa condição pecadora nunca nos deve inibir de ir a Deus. Se pecarmos, podemos confessar e obter perdão necessário para nos reaproximar de Deus. “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”. (1 João 1:9). Lancemos mão desse privilégio e lancemos fora todo medo e acusação, pois Cristo está a nosso favor. Do inicio ao fim, Deus quer que o homem seja por Ele e deseja que o homem O ame de todo o coração.
“Logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim.” (Gálatas 2:20)
Querido jovem chegamos ao fim deste resumo, espero que vocês tenham gostado, são tantas palavras, detalhes vividos, experiências pessoais, que ficaram ainda limitados, mas, recomendo a todos este livro, foi de grande ajuda e mudança em meu viver. Precisamos nos voltar sempre à palavra de Deus, somente ela nos trará luz para discernir o que esta acontecendo em nosso viver e com o mundo hoje, e só ela mostrará como sermos guardados do pecado.
Jesus é o Senhor e bom desfrute!
Texto inspirado no livro: Os Puros de Coração – Witness Lee. (Editora Arvore da Vida – 126 páginas)
[su_slider source=”taxonomy: post_tag/845″ link=”post” target=”blank” width=”720″ height=”480″ mousewheel=”no”]