Alegre está o meu coração, pois louva a Ti, meu Senhor.

Firme faz-se o meu coração, pois descansa em Ti, meu Senhor.

Em paz está o meu coração, pois Tua voz ouvi, meu Senhor.

Em Cristo habita o meu coração: morreu para mim; vive para o Senhor.

 

Ainda que os temores me assolem,

 ou que incertezas infindas me amargurem,

trago a Ti, cativas, as obscuridades de minha mente,

na certeza de que tens, Deus, solução prudente.

 

Por isso repouso meus olhos no céu,

que exprimem o esplendor de Tua glória,

enquanto o firmamento que protege minha fé

certifica-me de tua incessante obra.

 

Sabendo disso, como duvidarei?

Que mal temerei? Ou quais dores sofrerei?

Que iniquidades não superarei?

Porquanto és o salvador, cujo poder guia o meu viver.

 

A que tribulações me submeterei? A que inimigos me renderei?

Com tua força, acaso montanhas não subirei?

E mares bravios não desbravarei?

Porque minha força é o próprio verbo Ser.

 

Rogo que Tu Sejas, então, em meu coração;

alivia os tormentos de minh’alma.

Sejas, então, minha doce canção,

acalmando a mente atribulada.

 

Tu és a Palavra dessa eterna poesia,

que busca e regozija a ovelha desgarrada.

Tornou-se os verbos de um romance

que narra uma vida a Ti consagrada.

 

Desfaço-me das velhas convicções,

refaço-me com Sua santa constituição.

Desapego-me das antigas apreensões,

alegro-me na certeza da salvação.

 

Cantam, os meus lábios, ao Senhor

esses versos nascidos em meu coração;

frutos de uma angústia infundada –

mas que foi erradicada

pelo sangue do altivo Leão.

 

Certamente, Tu és comigo.

E, convicto, repito:

Alegre está o meu coração, pois louva a Ti, meu Senhor.

Firme faz-se o meu coração, pois descansa em Ti, meu Senhor.

Em paz está o meu coração, pois Tua voz ouvi, meu Senhor.

Em Cristo habita o meu coração: morreu para mim; vive para o Senhor.